Gás de cozinha terá reajuste de até R$ 6,00 a partir de sexta-feira

Garrafão de 20 litros de água mineral aumentou cerca de R$ 1. Foto: Adriano Abreu

Entrou em vigor desde o dia 1º de setembro o reajuste para o garrafão de 20 litros de água mineral em todo o Rio Grande do Norte. Em média, os preços encareceram em torno de R$ 1 para praticamente todas as marcas. Se antes os usuários pagavam em média de R$ 8 a 10, o preço agora varia de R$ 9 a R$ 11 para o consumidor final.

Revendedores de garrafão de 20 litros apontam que recentemente o segmento já havia passado por outros reajustes, como aumento dos combustíveis e reajuste do salário-mínimo, mas sem repassar os valores para os consumidores finais. “Tivemos três aumentos que não conseguimos repassar. Neste caso o reajuste foi na fonte de água, portanto não deu para não repassar ao consumidor final. Minha venda caiu 35% desde o reajuste. Pessoal está racionando mais, procurando preço”, comenta o distribuidor de água e empreendedor em Nova Parnamirim, Raniere Dantas.

“Já estamos repassando os valores para o consumidor. O consumidor tem alegado desconhecimento, mas paga”, acrescenta o revendedor Ângelo Macedo, que possui uma distribuidora na Cidade Alta, em Natal. Em relação ao garrafão, também conhecido como “casco” ou “vasilhame”, os preços também subiram, saindo de R$ 28 para R$ 30.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn), Joafran Nobre, o reajuste é uma necessidade do segmento, desde o envase na indústria, transportadores e revendedores até o ponto de venda aos consumidores finais.

A readequação dos valores decorre, entre outros fatores, do reajuste tributário, cujas novas alíquotas foram publicadas recentemente no diário oficial, pela Secretaria de Tributação do RN.

Também contribui para esse reajuste o aumento nos custos de produção relacionado à alta dos insumos, como rótulos, tampas, lacres, garrafões e demais embalagens, cujas resinas possuem seus preços indexados ao dólar, bem como as despesas de mão de obra, custos de vigilância em saúde e garantia da segurança alimentar, além da alta no preço dos combustíveis. “Estes reajustes são necessários à sobrevivência de toda a cadeia produtiva, abrangendo não apenas a indústria, mas também nossos distribuidores”, reforça Daniel Penteado Lana, executivo do Sicramirn.

“Os valores aplicados podem variar de acordo com cada empresa, pois cada uma tem sua própria estrutura de custos. A distância entre as fontes e os pontos de entrega também desempenha um papel crucial na determinação do preço final”, conclui Joafran Nobre.

Consumidores e pequenos empreendedores apontam que o aumento nos preços da água impactam no orçamento diário. Em caso de famílias com várias pessoas, por exemplo, o consumo chega ser de 2 a 3 garrafões por semana. No caso de José Arimatéia Santiago, empreendedor no bairro da Ribeira, são consumidos cerca de 12 garrafões por mês em seu restaurante. A água mineral é utilizada tanto para produção dos alimentos, sucos e vitaminas, quanto para consumo dos clientes.

A alternativa, segundo ele, é pegar os garrafões direto de representantes de marcas com preços mais baratos. “O aumento é relativo, porque praticamente tudo está aumentando. O que pudermos colocar para o cliente sem aumentar o preço do almoço, vamos fazer. Por hora não vamos aumentar nada não”, diz.

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